A Assembleia Municipal debate sobre turismo no concelho
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- Seg. junho 2014
- Héralce H. Lopes
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Que turismo para Tarrafal, quais os desafios e estratégias a desenvolver são algumas preocupações do fórum “Turismo e Dinâmica de Desenvolvimento Local” realizado no dia 14 pela Assembleia Municipal de Tarrafal de Santiago.
Especialistas, operadores turísticos e munícipes, todos reunidos em busca de estratégias para impulsionarem Tarrafal como um destino turístico de Cabo Verde.
O Director Geral de Turismo, Emanuel Almeida, que apresentou o primeiro painel sobre “Ambiente institucional e medidas para promoção e dinamização do Turismo”, começou por apontar Tarrafal como um “rebocador” do turismo na ilha de Santiago.
Para que esse rebocador funcione é necessário mais dinâmicas, investimentos e maior articulação e parceria do sector privado diz Emanuel Almeida, para quem “os operadores e investidores devem-se unir para a definição de uma estratégia conjunta de promoção dos destinos e melhoria da qualidade dos serviços”.
Segundo do Director Geral de Turismo, a autarquia também deve procurar atrair os investidores e uma das formas seria facilitar aos privados o acesso aos terrenos. “Deve-se pensar em abrir mão de certos encaixes financeiros e oferecer condições para que os investidores possam instalar-se e criar postos de empregos às famílias”, considera o director geral.
Sinalizar e melhorar os acessos às maravilhas do concelho, garantir boa segurança pública e saneamento do meio também será outros passos para a dinamização do turismo no Tarrafal.
Tarrafal “é um destino turístico completo”
Além de sol e praia, Tarrafal apresenta várias potencialidades turística a serem exploradas, afirma Emanuel Almeida. “Há uma das melhores praias de Caba Verde, mas há também um potencial para o turismo cultural muito forte, com o Campo de Concentração, batuku e artesanato e um litoral propício para os desportos náuticos”.
José Luís Mascarenhas também reconhece essas potencialidades e por isso considera Tarrafal como “o destino turístico mais completo de Cabo Verde”.
Mascarenhas que apresentou o segundo painel sobre “O turismo enquanto alavanca do desenvolvimento: que estratégia local – caso de Tarrafal”, considera que deve-se continuar a explorar o turismo em Tarrafal na lógica do turismo interno, mas não resumi-lo a isso, uma vez que o potencial é muito grande.
“Devemos pensar grande, porque o turismo em Tarrafal pode ser oferecido tanto na lógica sol e praia, como também no eco-turismo, agro-turismo, a pesca desportiva, turismo de montanha e outros, que podemos desenvolver nesse micro-destino”, aponte o palestrante.
Para a exploração dessas potencialidades “é preciso planear e estudar as vantagens competitivas desses destinos para que se possa valoriza tudo de bom que existe e precaver-nos das ameaças”, mas é necessário que “as autoridades ponham o desenvolvimento do turismo de Tarrafal na agenda”, conclui José Luís Mascarenhas.
O desenvolvimento também passa pelo turismo intra-sectorial
O desenvolvimento turístico tarrafalense não passará apenas pelo produto sol e praia e hotelaria, mas também pela exploração de outros sectores de suporte turístico, considera José Luís.
Deve-se explorar uma relação intra-sectorial, porque “não há competitividade turística o sector de agro-negócio que sustentará os hotéis, não há turismo sem o desenvolvimento tecnológico, financeiro e economia marítima”, afirma Mascarenhas.