O Embaixador da Republica do Congo visitou o Municipio
O Embaixador da Republica do Congo, Pierre - Michel NGUIMBI, de visita a Cabo Verde, no âmbito da Comemoração dos 40 anos da Independência, fez hoje dia 08, uma vista de cortesia ao Sr. Presidente da Câmara Municipal do Tarrafal e aproveitou para conhecer um pouco da Cidade.
Praça Central da Cidade, Com a sua Marca Histórica-Igreja Matriz
No topo da ilha, Tarrafal é a joia da coroa de Santiago. É a sua primeira referência turística e principal estância balnear.
Uma distância de 74 quilómetros e uma hora e meia de caminho de carro separam o Aeroporto Internacional da Praia Nelson Mandela da cidade do Mangue, no Tarrafal. O caminho mais fácil, e confortável, é pela estrada asfaltada que atravessa Santa Catarina e Serra Malagueta. Pela via do mar, leva-se mais tempo e a estrada de calceta tem vários trechos irregulares e acidentados. Porém, a vista da praia do Mangue e da pitoresca cidade capital do município do Tarrafal fazem valer a travessia.
Quem chega a este concelho fica deliciado, não só pela sua beleza natural, como pela simpatia do seu povo, que vive principalmente do comércio, construção e serviços para a coletividade, e que conserva os valores tradicionais das suas gentes, destacando-se a olaria, a tecelagem, a utilização da cimboa e a música, uma vez que, ninguém lá passa sem dançar um funaná ou ver alguém a dar ku tornu, numa roda de batuque.
Todas as ruas levam ao mar, numa teia de ruas e calçadas que costuram a encosta que se insinua sobre a praia do Mangue, a única em toda a ilha rodeada de coqueiros, conferindo-lhe o epíteto de “paradisíaca”. Contra o horizonte, impõe-se o recorte do Monte Graciosa, o ponto mais elevado do Tarrafal, com 642 metros de altitude.
Ex-Campo de Concentração- Resistência e Futuro
A Colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de Abril de 1931 .
Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.
O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de Outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.
Durante quatro décadas, o Campo de Concentração do Tarrafal manteve sob grades primeiro os opositores do regime de Salazar e depois os nacionalistas africanos, antes de ser encerrado em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal e às vésperas da independência de Cabo Verde.
O chamado “campo da morte lenta” foi tombado como património nacional e transformado em Museu da Resistência. É este sítio histórico um dos pontos de visita obrigatória no roteiro do Tarrafal, cuja economia deposita no turismo toda a expectativa de desenvolvimento para os seus 24 mil habitantes.
Fonte:A NAÇÃO.CV